segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

To queimando

Por Tati Bernardi

Estou em ebulição, vazando, transbordando, e aonde está a tampa da minha panela para conter as lambanças. Será que é culpa da pressão que eu ponho em cima deles? Sempre me dizem: desencana que uma hora ela aparece.
O meu pé cansado já tentou calçar (à força) do chinelão que descola as tiras ao sapatinho de cristal. Nenhum serviu e o coitado tá todo esfolado.
Ninguém pra descascar, chupar ou fazer uma laranjada. Em compensação, laranjas na minha vida não faltam. E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.
Fim de ano sem amar é deprê, hein? Tô megera o suficiente pra ver uma família feliz no shopping e pensar que aquela instituição "image bank" não passa de uma união solitária de aparências. Tô megera o suficiente pra furar a fila do Papai Noel e pedir um pirulito, bem grande, bem grosso, bem exclusivamente apaixonado por mim.
Tô megera o suficiente pra abraçar os veadinhos do trenó em homenagem aos meus ex-casos. Tô megamegera o suficiente pra não admitir minha carência e dar uma risada debochada de todas as luzes, canções e emoções de boas-festas.
Tá, mas no especial do Roberto Carlos não vai dar pra ser megera. O filho da mãe sempre me faz chorar. É impressionante como a gente se sente sozinha na porra do especial do Roberto Carlos.
É claro que eu desejo o meu sucesso profissional, dinheiro, saúde, ..., mas nada de atacar para todos os lados nas simpatias deste réveillon. Não dá certo. Este ano vou focar no amor: calcinha vermelha, fitinhas vermelhas e as sete ondas vão ser puladas com a mão no coração (se eu usar a frente-única branca que comprei, é bom que a mão no coração já segura um peito) e uma só intenção: encontrar o danado.
Ah, sejamos sinceras mulheres modernas: no fundo, no fundo, a gente quer mesmo é alguém pra dormir protegida no peito (de preferência largo, forte e levemente cabeludo).
E nem é medo de ficar pra titia não, além de ter cara de mais nova e ser bem
nova, eu sou filha única. É vontade de sentir aquela coisinha misteriosa de "é esse!". Como será sentir isso? Eu sempre sinto que "pode ser esse, ou talvez com algumas mudancinhas possa ser esse ou talvez se ele quisesse, poderia ser esse...". Não, isso tá errado. Quero sentir que "é esse".
Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas. Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama. Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso. Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte
do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega
na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for
sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo
de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina. Que a sua remela seja sequinha e não gosmenta e que o tempo leve um pouco de seu cabelo (adoro carecas...). Que suas escatologias não passem de piada e se materializem bem longe de mim. Tem que gostar de crianças, de cachorrinhos, da minha mãe, e tem que odiar ver pessoas
procurando comida no lixo. Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara
de "essa mulher é única".
É mais ou menos isso. Achou muito? Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim. Exigir demais pode fazer eu acabar sozinha em mais shows do Roberto Carlos. Deus me livre! Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Deixa eu ver... Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e não pode ter remela
gosmenta. Pronto!
E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor.

A truculência acadêmia






O sonho de ingressar na universidade tem se tornado pesadelo na vida de muitos jovens no inicio do semestre letivo. A palavra que define esse pavor dos estudantes no meio das universidades chama-se: trote. O que deveria ser um rito de passagem prazeroso e divertido ambientando os novos estudantes aos veteranos é marcado por agressividade e humilhação. O trote universitário está ficando pior a cada ano, com agressões que ferem a integridade física e moral do ser humano. Muitos encaram como uma brincadeira, mas acredito que essas brincadeiras são de muito mal gosto e estão passando dos limites. É revoltante a barbárie cometida debaixo do nariz das instituições de ensino superior. A faculdade deveria punir. Os alunos que se sentirem coagidos denunciarem.
Os veteranos deveriam receber calorosamente os novos alunos, desgastados pelas provas do vestibular e ao mesmo tempo vitoriosos por terem sido aprovados, mas não é isso que acontece. Esses alunos agem com certa truculência, que se mistura com a ansiedade de descontar em alguém suas frustrações acadêmicas, seja por que não se deu bem em uma matéria ou não goste de determinado professor, eles querem fazer sofrer esses novos alunos, para aliviar a sensação de humilhação que eles mesmos devem ter passado dentro da sala de aula.
A escala da gravidade da brincadeira de interação dos grupos vai de tomar um banho de lama, a andarem seminus. Existem casos dos quais alguns alunos foram obrigados a ingerir bebida alcoólica forçadamente em altas doses chegando a ficar em coma alcoólico, como no caso de Bruno Ferreira de 21 anos, que foi um dos piores casos já registrados em 2009 junto, juntamente com a caloura grávida Priscilla Muniz de 18 anos, a garota teve partes do corpo queimado com lesões de queimaduras de segundo graus.
Em Juiz de Fora, a UFJF proíbe o trote dentro da universidade, pois não quer ser responsabilizada caso aconteça alguma fatalidade. Isso significa que a Instituição sabe que seus alunos “pegam pesado”, como no trote do dia 2 de março os alunos que deviam descer descalços até o centro (a pé) para pedir dinheiro deveriam pagar R$ 5 para comprar o “vale-calçado”. As meninas que quisessem prender os cabelos, com o prendedor, também deveriam pagar. Os alunos que desceram descalços até o centro devem ter queimado seus pés no asfalto que absorveu o calor que fazia de 36,5ºC. A missão dos maltrapilhos sujos de tinta, pó de café, ovo e farinha de trigo, era arrecadar uma quantia de R$ 15 podendo chegar a R$ 100, para financiar os churrasco e as chopadas de seus respectivos cursos. Eu me recuso a dar dinheiro, uma vez que não estudo em faculdade federal e meus pais pagam impostos e financiam essa palhaçada toda e eu ainda tenho que pagar para estudar? De jeito nenhum.
Esses foram as brincadeiras universitárias que chocaram 2009, mas não se pode esquecer dos anos anteriores, aos quais os estudantes promissores em suas carreiras foram interrompidos por essa barbárie. Como em março de 1980 Carlos Alberto Souza calouro da Universidade de Mogi das Cruzes (SP), morreu devido a socos na cabeça. Ele reagiu quando os veteranos tentavam cortar seu cabelo à força. Dez anos depois em 1990 o calouro de direito George Araguaia Parreira Mattos teve uma parada cardíaca e morreu ao tentar fugir de trote em Rio verde (Goiás). Três anos mais tarde em março de 1993 Ugo Luís Boattini abandonou a vaga no curso de engenharia que conquistou na Universidade Estadual de São Paulo, após ter um peso preso aos órgãos genitais. E o caso que é lembrado até hoje pelos brasileiros em 1999 o calouro Edison Hsueh foi encontrado morto na piscina da faculdade de Medicina da USP.
Será que todos esses casos ainda não mostraram que está na hora de proibir essa palhaçada? Será que não bastou a morte do calouro de medicina a dez ano atrás? Mataram um inocente na piscina da própria faculdade, futuros médicos matando, mas eles não são treinados para salvarem vidas? Olha só que ironia. Gente que se diz civilizados, estudiosos matando, sacrificando, humilhando queimando mulher grávida em troca de que? Diversão. Os valores estão invertidos e eu tenho vergonha dessa sociedade.

Contaminada pelo jornalismo

A última postagem tem exatos sete meses e quatro dias. É um tempo bem longo para quem pretende ser uma jornalista famosa ou uma escritora. Sendo bem mais humilde, é um espaço muito extenso para que solta aos quatro ventos que adora de escrever.
O que aconteceu? O que houve com aquela pessoinha que quebrava a cabeça, tentando entender o amor, ajudando o mundo, rezando para Deus para que Ele não tirasse isso ou aquilo? Onde estão os cacos do meu imenso coração espatifado? Sumiu. Ultimamente todo meu sentimentalismo, minha subjetividade está escondida em um lugar que eu não sei aonde (mas que eu pretendo encontrar bem rápido), talvez até intangível. Por aqui só permaneceu a objetividade e a imparcialidade.
Acho que fui contaminada pelas teorias do jornalismo. Onde meu sentimento foi erradicado pelo objetivismo. Tantas foram as vezes as quais eu ouvi dizer que minha opinião não contava, e eu que no momento eu precisava escrever exatamente aquilo que interessava ao meu público. A verdade é essa, minha vida, minha experiência, minha alegria, minha tristeza, meus desafetos, meus sonhos, erros e acertos não contam, não interessam ao mundo, eu não sou ninguém perto desse mar de gente, sou uma gota diante desse oceano imenso.
O que importa é a notícia. E é um paradoxo, você dá sua a vida praticamente por uma vírgula de informação, uma palavrinha mal dita de suas fontes e tudo vira um escândalo. Todos comentam, as palavras por você escrita pegam fogo diante dos olhos de quem le. Entretanto no outro dia, muitas coisas já foram esquecidas, as palavras foram deturpadas, a chama da imprensa vira nada mais do que uma fumacinha “fria”; e começa uma nova corrida por novidades, virgulas, falas, fontes, fatos, fotos, pauta.
É necessário esmiuçar o conteúdo informacional, buscando sempre o diferencial. Ressaltando sempre o que o publico gosta de ler, e isso na maioria dos casos eu chutaria uns 99% encontra-se no titulo. O titulo tem que ser atraente como um bolo de chocolate, que praticamente conta para todo mundo sua essência e sabor, mas sem tirar a surpresa do prazer que é sentir o êxtase de se empanturrar.
Escrever um texto jornalístico hoje é como lançar uma dupla sertaneja na industria cultural. É fazer da informação um ídolo, praticamente uma “eternidade” noticiosa em pouco tempo que, por acaso do destino dentro de poucos minutos será substituída por outra novidade, que será substituída por outra notícia e assim sucessivamente. Porque as coisas acontecem, no clique do mouse, enquanto sua página do orkut carrega ou se você for romântico como eu no piscar de seus olhos.

Tarde de mais


Doce, feliz, integra, mas sempre mole, dependente. E você? Um docinho, durão, forte, decidido e o que nunca erra. Os opostos se atraem e os iguais se repelem, uma das Leis da Física mais impressionantes que existem. Foi o que nos ocorreu. Doce e doce, mas em consistências diferentes azedou. Chorei, sofri, fui ignorada e cansei, acabei virando um doce congelado.
  Naturalmente após sua partida apareceram outros apaixonados pelas formas, mas deram de cara com um conteúdo estranho e gelado. 
Conheci o QUEM umas semanas atrás: Bonitão, atencioso e de tão insistente quebrou o gelo.De tanto amor/calor que o QUEM me dava, extravasei e acabei por agregar-me ao estado de vapor, afinal havia voltado a ver a vida como uma dádiva, não um castigo de Deus. Lá bem no alto da atmosfera estando por cima de tudo e todos, deu no que deu né? Acabou causando inveja em seres inferiores, e o que aconteceu foi um grande conflito. Onde eu, muito chateada não deixei barato. Dessa vez gritei, atormentei e mostrei que também posso; e o resultado foi: Um grande e nebuloso temporal.
  Toda água derramada por mim escoou até uma linda represa; era verde pra todos
os lado, sossego, alegria e de tanta coisa agradável junto fiquei entorpecida, perdi a consciência e quando dei por mim estava entrando pelo cano. Um encanamento conhecido, familiar pensei, parecia... Parecia com a sua casa! Ahhh não! Você estando por perto tinha certeza que acabaria por me sentir inferior novamente. E estando na condição de “água nervosa” você me usaria e eu iria pro ralo/bueiro e etc. Tudo que conquistei até então seria mais uma vez desvalorizado. Em clima total de horror não percebi sua singela e terna ação: pegou toda minha essência e derramou suavemente sobre uma semente recém plantada. Ao adentrar aos poucos na terra fofa e fértil reconheci aquela planta pequena que ansiava por mim: era a rosa. Agora era uma linda e vermelha flor.
  Todos os dias e várias vezes, você me visitava, sempre sorrindo, contemplando minha rara beleza. Mas alegria de pobre dura pouco e você delicadamente cortou meu cabo e mais uma vez perdi meus sentidos. Quando dei por mim estava na sua bela casa envolta de um papel maravilhoso. A campainha tocou você correu ansioso para abrir. Era ela a sua namorada, mulher, amante sei lá. Não gostei, mas sem poder fazer nada, e inerte assisti, vocês se beijarem, discutirem e depois brigarem. Moveis estalaram, gritos ecoaram, objetos se quebraram. Você me pegou, beijou-me inesperadamente. Ofereceu-me a ela e quando a tal estica as mãos para tocar-me, você muda de idéia coloca-me junto ao peito respira fundo e começa:
     - Não, você não merece a delicadeza dessa flor, a suavidade de suas pétalas e o perfume que elas exalam. - Vai ao jardim pega uma folha seca do chão e prossegue em suas cortantes e frias palavras. – Fique com essa folha sem vida insensível as divergências, grosseira e insensata, assim como sua pessoa. – Ele abre a porta da casa e faz um sinal de: retire-se. Eu ainda junto ao seu peito subo com ele as escadas.  Fito aquele homem com os olhos úmidos e pensante; concluo: - "Até que em fim ele percebeu suas “inqualidades”, falsidades, crueldades e reconheceu as minhas excelentes características, mesmo sendo depois de muito tempo tentando ser reconhecida; TARDE DEMAIS, agora sou apenas uma planta arrancada de sua raiz, que em pouco tempo ficaria sem vida... pois é mais uma vez morreria em suas mãos.
        Você é um inconsciente destruidor, inocente e imaturo!

domingo, 27 de novembro de 2011

Própriedade intelectual

O google mata a criatividade e zomba da capacidade dos sereshumanos de criarem sem medo de serem taxados como idiotas. Hoje em dia é tudo tão fácil, apenas ctrl c + ctrl v. Mude, arrisque, faça diferente, a escolha é sua em quer ser um ou apenas mais um...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EI VOCÊ INVEJOSO VEM AQUI LER ESSE TEXTO

Ei psiu você que é invejoso, tem uma tristeza profunda pelo bem alheio, e uma alegria orgástica pelo mal do outro, vem aqui ler esse texto. Eu não que quero te culpar pelos meus fracassos, mas quero desabafar por alguns inconvenientes. 
Sabe aquela vez que você tem que fazer um prova e esquece o documento em casa, e é idesclassificada?A culpa é minha, por não ter conferido três vezes, ou quinhentas vezes mais, se o bendito estava na bolsa. Entre tanto a culpa também é sua pelo excesso de energia negativa que você jogou em mim. 
Sabe aquela vez que você estava super atrasada para um encontro. Você está toda arrumada e de salto alto, saí correndo feito uma desesperada tropeça e levanta, mas não tem um táxi no ponto. Sai correndo para pegar o ônibus e passam todos as linhas possíveis, mas nunca aquele que você precisa. A culpa é minha, eu deveria ter feito tudo mais cedo, mas seu excesso de energia negativa invejosa deixou meu dia todo maluco.
Por que você faz isso, por que você é um invejoso? Você usa isso como uma arma para sua incompetência? Ou se sente inferior e quer diminuir as pessoas para que se sintam assim também?
Esse seu ódio gratuito. Esse pesar pela prosperidade pela felicidade do próximo, um dia vai voltar pra você em dobro.
A inveja, apesar de ser uma das emoções mais primitivas do ser humano, geralmente ela é negada por todos, porque… ser invejoso é tão feio e vergonhosp que ninguém se atreve a confessá-la.
Quem nunca sentiu? Quem nunca pensou:
- Ela é mais do que eu!
- Tem mais do que eu!
- Que inveja do Brad Pitt!
Quem nunca se (co)roeu… Porque outra pessoa tem algo que desejamos ter ou é o que queremos ser?
A competitividade, a comparação é o motor da inveja. Desde criança, pais incentivam seus filhos a dizerem, olha sua bola é melhor que a dele, desde muito cedo aprendemos a comparar. Comparamos e somos comparadas dia todo o tempo inteiro.
- Ela é mais bonita. Mais inteligente.
- Ela ta mais gorda do que eu, ela ta mais magra que eu.
-Ela engordou mais que a fulana.
Estou tão cansada disso, porque resolver o problema da inveja/ invejoso é simples: BASTA ACREDITAR QUE VOCÊ É TÃO CAPAZ DE ATINGIR OS OBJETIVOS QUANTO QUALQUER OUTRA PESSOA A QUEM VOCÊ DIRIGE SEU ÓDIO, E PERDE SEU TEMPO ENVIANDO ENERGIAS NEGATIVAS.
pronto desabafei...Que todos sejam feliz, hoje o dia não saiu como eu gostaria, mas amanhã será melhor.
OBS: Por que escrevo? Porque essa é a minha vingança contra todas as palavras e sensações que morrem todos os dias na minha garganta sem som.

sábado, 30 de julho de 2011

Meu primeiro cabelo branco

Ás vezes me dá uma preguiça de postar, mas as vezes se eu não escrever o que me incomoda, é como se uma comida podre tivesse querendo sair do meu estômago e eu preciso botar isso tudo para fora, se é que me entendem.
Hoje vou falar sobre meu primeiro fio de cabelo branco. Meu cabelo não está lá grande coisa, parecer que sempre quando volto de viagem ele fica sem vida, por isso agora me olhei no espelho e me assustei. Alias passei mais tempo de que devia olhando a droga do meu cabelo e pensando o que podia para melhorar seu aspecto, por isso, ao avistar um fio fininho branco brilhante, me assustei. Vi o tempo passando no reflexo da minha imagem. Nos meus ombros senti o poder que ele tem sobre o meu corpo e no meu modo de agora encarar a vida.
O tempo passa feito uma bala de revolver e com uma força implacável. Ainda com os olhos fixados em meu reflexo, analisei o fio de cabelo branco, e entrei num desespero mudo. Mas como assim branco, se ainda estou na casa dos 20 anos de idade?

O tempo me pareceu uma madrasta cruel, pois de uma hora pra outra, minha autoestima teimava a vergar diante da vaidade. Num gesto ignorante já queria logo arrancá-lo, mas pensei: - Esse fio branco é consequência de vida, vida essa que vivi, vivo e ainda viverei muito.

Esse fio branco pode ter nascido da preocupação escolar, o fio pode ter vindo dessa pressão sem fim que a vida nos impõe, traumas. Pode ser resultado do primeiro amor não correspondido ou da primeira desilusão. Acho que deve ser resultado da febre de alguma doença, curável, mas dolorosa. Pode ser causa de um sonho não realizado e que tive que deixar pra lá...
Quem sabe pode ter sido por brigas banais e corriqueiras que a convivência provoca. 
Esse frio branco pode ter vindo, do primeiro texto que parecia mais rascunho. Com certeza esse frio branco é resultado de vida, minha vida para ser exato. A vida que caminha lado a lado com o tempo e que de mãos dadas já começa a colocar marcas em meu corpo. 
Viver dão rugas e cabelos brancos, mas também oferecem a sabedoria para admirá-los. Estou velho, coroa? Não! Eu estou vivo, cultivando ações que me dêem mais cabelos brancos e rugas talvez.
O tempo senhor de tudo continua passando e eu ainda em frente ao espelho olhando, o fio branco reluzente e insistente que brilha em minha cabeça. Posso agora dizer sem titubear: - esse fio branco é apenas o começo de uma cabeleira alva, eu ainda posso usar shampoo tonalizante, se também, claro, o tempo não me levar os cabelos.