domingo, 5 de junho de 2011

Vou salvar... não vou deletar!

É impressionante como passo de apaixonada a entediada,e vice-versa, em questão de segundos. Basta apenas um toque, um olhar ou melhor: em uma frase, uma respirada, um cheiro, uma saliva. Aí como sou idiota. Tenho a impressão de que só eu penso essas coisas, tais como o "botão salva deleta" ou excluir seu amor do meu HD/cérebro. O amor para mim é um botão de salva e deleta, totalmente dependente por panes consecutivos no meu sistema informacional.
Bom, não sei porque vou escrever isso, mas a última vez que me apaixonei, aconteceu em um jantar que não existiu. Passei horas me arrumando e, quando finalmente cheguei ansiosa e atrasada na casa dele, ele havia acabado de chegar da academia e estava todo suado e meio sem jeito. Sentou no sofá, com os braços pra cima e me olhou igual a uma criança de seis anos pra mim e disse: “e agora?”
Eu senti vontade de responder: “e agora, mesmo você sendo um bombadinho idiota sem cérebro, que tal se a gente pedisse uma pizza e ficasse junto até os 98 anos de idade?”
Poxa quase um século, até lá meu computador pode ser contaminado mais uma vez pelo vírus do tempo, que fode tudo e acabar por exterminar meu amor, só que uma coisa engraçada acontece: todos os dias a gente se dá motivo para apertar o botão de deletar, mas alguma coisa maior faz a gente salvar tudo a tempo.

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